Análise do percentual de gordura em mulheres praticantes de ginástica localizada (aeróbica)

por Professor Bruno Tomaz Cardoso

O estado do conhecimento

    A tabela analítica abaixo, auxiliará na compreensão do estudo.

Observa-se que nas 15 fontes estudadas neste estudo, 5 obtiveram resultados que condizem no entendimento do mesmo.

    Para entender a Tabela 1, Aquini (2004) relatou que houve diferenças significativas em seu pré e pós-teste, aplicado em 43 pessoas do sexo feminino e subdividido em 3 grupos. Ao coletar os dados, concluiu que houve uma diminuição do G% entre as adeptas do programa de treinamento de ginástica aeróbica.

    No estudo de Barreto, Vale e Novaes (2004), envolveram-se 48 pessoas do sexo feminino, sendo 25 praticantes de ginástica localizada e 23 de musculação, perceberam que as praticantes de ginástica localizada apresentavam um histórico motor bastante desenvolvido com as atividades que desenvolveram nos testes de abdominais e flexão de braço, estes que são exercícios básicos na modalidade fitness, já as adeptas de musculação, não obtiveram o mesmo êxito nos testes com relação às adeptas de ginástica localizada, mostrando assim certa coerência nas expectativas, pois a ginástica localizada pode apresentar impacto diferenciado da musculação para a tendência específica da modalidade, ou seja, uma atividade com predominância aeróbica (predominância de repetições duradouras) e sendo a musculação de uma forma geral anaeróbica (predominância de repetições mais curtas e com cargas consideráveis).

    Falcão (2008) obteve resultados otimistas, em torno de 28 para 22,5% de perda do percentual de gordura, uma média na queda de 5,5%. No estudo, a amostra foi composta por mulheres, entre 18 e 24 anos de idade, praticantes de ginástica. Percebeu-se inicialmente que, a prática de atividades aeróbicas pode influenciar na diminuição do G%.

    Fernandes, Novaes e Dantas (2003), em um estudo envolvendo 40 mulheres, 20 praticantes de ginástica localizada com idade média de 36 anos, e 20 de musculação com idade média de 30 anos. No estudo, foi possível identificar resultados que, na ginástica localizada e na musculação, as adeptas obtiveram ganhos de força bastante equivalentes com relação às singularidades dessas duas modalidades fitness. Segundo os autores, a ginástica localizada seria também uma ótima alternativa para treinamento de força, pois não houve diferenças consideráveis, comparando os dados coletados com relação à musculação.

    Em relação à cintura-quadril, Rôvea et al (2011), estudou 22 mulheres, sendo 14 delas com idades em média de 36 anos adeptas a ginástica localizada e 8 praticantes com idade média de 26 anos adeptas ao Power Jump. Tal estudo, não obteve resultados convincentes, pois 92% dos resultados demonstraram patamar acima do moderado em ambas as modalidades. Concluíram que a prática dessas atividades (ginástica localizada e Power Jump), não contribuiu na diminuição da gordura da região infra-abdominal.

    Embora seja comprovada, a eficácia da ginástica localizada (aeróbica) como uma alternativa de atividade física para a diminuição do G%, esporadicamente houve a perda esperada nos estudos acima citados.

    Todavia, os estudos mostraram que a ginástica localizada (aeróbica) consiste numa modalidade fitness flexível, ou seja, além de ser uma ótima opção de atividade física para mulheres que buscam a diminuição do G%, contribui também no ganho razoável de força e massa muscular.

Conclusão

    Conclui-se que, de acordo com as fontes pesquisadas, a ginástica localizada (aeróbica) contribui para que mulheres obtenham diminuição da adiposidade. Também auxilia, na diminuição do G% e simultaneamente no emagrecimento, esta modalidade fitness pode ainda, aumentar de forma secundária, o nível de força e massa muscular.

    Desde o seu surgimento na década de 30, a ginástica localizada (aeróbica) e suas derivações vem conquistando cada vez mais as mulheres que a cada dia está mais presente nas atmosferas importantes da sociedade, entretanto, a vaidade ainda predomina no público feminino, o que torna essa modalidade fitness, indispensável nas academias.

    Em síntese, o que se observou, foi os benefícios da ginástica localizada e seus efeitos positivos em mulheres. Entretanto este assunto ainda carece de novas pesquisas.

Referências bibliográficas

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