Análise do percentual de gordura em mulheres praticantes de ginástica localizada (aeróbica)

por Professor Bruno Tomaz Cardoso

     
Resumo

Este estudo tem como objetivo ampliar a discussão sobre a literatura atual que pesquisa o percentual de gordura (G%) em mulheres praticantes de ginástica localizada (aeróbica) (GLA). Foi realizado um trabalho de cunho qualitativo do tipo bibliográfico, utilizando 15 fontes como instrumentos de pesquisa, com a finalidade de repará-las e chegar a um consenso sobre a análise da adiposidade de mulheres praticantes de ginástica localizada (aeróbica). Os estudos mostraram que a ginástica localizada (aeróbica) além de ser uma ótima opção de atividade física para as mulheres, diminuindo o G%, pode contribuir, também, num ganho razoável de força e massa muscular. Logo, percebe-se sua contribuição na diminuição da adiposidade ou G% e ainda acrescenta um razoável ganho de força e massa muscular.
          Unitermos: Mulheres. Percentual de gordura. Ginástica localizada (aeróbica).

Introdução

A mulher vem se tornado cada vez mais independente, mas sem esquecer seu lado feminino, ou seja, não deixando de lado a preocupação com a estética, sendo este um dos fatores predominantes na sociedade contemporânea. Deste modo, mesmo inserida no mercado de trabalho a mulher não se desprendeu da sua vaidade e mantém a preocupação com o seu corpo e saúde (SILVA; AGUIAR, 2003).

    Com a transição do século XX para o XXI, a preocupação com a estética impulsionada pelo pensamento de “corpo ideal”, tornou-se comum, principalmente entre as mulheres. Logo, a intensificação deste fato junto à saúde, cria um aumento progressivo na busca por atividades aeróbicas nas academias. É possível identificar, lotação nas aulas de ginástica localizada com o intuito de conseguir a perda de peso e o delineamento do corpo, na busca de formar contornos bem definidos e adequados aos padrões de beleza que a sociedade impõe (ROVÊA et al., 2011).

    Diante do exposto, cabe questionar o que a literatura atual aponta sobre a relação: mulheres, percentual de gordura e ginástica localizada (aeróbica). Sendo assim, este estudo amplia a discussão sobre a literatura que pesquisa o percentual de gordura em mulheres praticantes de ginástica localizada (aeróbica).

As mulheres e a ginástica localizada (aeróbica)

    Sabe-se que o excesso de peso pode causar riscos a saúde, porém existem pessoas que ao conscientizar-se disso ou por questão de estética, vivem focadas no objetivo de emagrecer, algo que pode levar a inúmeras complicações, relacionada a alimentação, peso corporal ou depressão (LUIZ et al., 2005).

    Por outro lado, presencia-se a necessidade das pessoas tornarem-se mais ativas. Noutras palavras, passaram a se preocupar em exercitar-se e ter uma vida mais saudável. Observa-se essa realidade nas praças públicas, na mídia, em clubes etc. Nesses lugares é possível presenciar praticantes de exercício e atividade física. (AQUINI, 2004).

    Cabe ressaltar que a ida à academia contribuiu para o aumento da qualidade de vida. Sabe-se que na década de 30 surgiram as academias de ginástica, no entanto, foi na década de 70 que elas ganharam espaço e exerceram notável papel social com o crescimento do movimento fitness no mundo. No fim dos anos 70 para o início dos anos 80, ocorreu um enorme crescimento de academias de ginástica em todo o país. Esse fato veio acompanhado pelo surgimento de atividades alternativas como a musculação, dança e lutas (FERNANDES; NOVAES; DANTAS, 2003).

    No centro das cidades, destacam-se academias de ginástica e musculação como escolha para algumas pessoas de diferentes faixas etárias, que adotam a prática de exercícios físicos. Disponibilizam nestas academias diferentes tipos de exercícios para os seus adeptos, como: aulas de ginástica, musculação, artes marciais etc. Percebe-se que as academias estão cada vez mais ocupando espaços na sociedade sendo procurada por diversas pessoas, conjuntos de amigos e famílias, no intuito de buscar os benefícios proporcionados pela atividade física, que podem ser físicos e mentais (MENEGUZZI; VOSER, 2011).

    É observável os benefícios da atividade física para ambos os sexos. No feminino, esta abordagem obtém certas particularidades que se inserem nas peculiares hormonais, incidências patológicas, nas adaptações e respostas ao exercício. Também deve-se levar em conta o impacto causado pelo aumento da expectativa de vida na população e a inclusão da mulher em cargos profissionais e sociais nos últimos tempos. Fatores que obrigam uma revisão de diversas doenças ou patologias, além de planejamento na prevenção e tratamento de enfermidades. Sendo assim, a atividade física de forma regular passou a ocupar um lugar na vida da mulher (LEITÃO et al., 2000).

    Não se pode esquecer que a prática regular de exercício físico, executada de forma correta e acompanhada por hábitos alimentares saudáveis, regula a função hormonal, sendo parte essencial num importante instrumento para o ganho de massa óssea, capaz de realizar na adolescência, a prevenção paritária da osteoporose pós-menopáusica. Sabe-se que o ciclo menstrual e suas diferentes fases, não interferem no desempenho de mulheres não atletas. Em mulheres que regularmente se exercitam, há algumas pesquisas que propõem o alívio de sintomas pré-menstruais (LEITÃO et al., 2000).

    Embora existam benefícios da prática de atividade física, é necessário um controle do gasto energético, uma vez que pessoas também usufruem dela para emagrecer. Numa aula de Ginástica Localizada, por exemplo, o gasto calórico medido por meio da calorimetria indireta, dependerá diretamente das variáveis intensidades (das aulas), o quantitativo de carga, o ritmo (BPM) e o peso corporal do adepto. No entanto, utilizando-se o analisador metabólico é possível chegar a uma média de 355 a 500 kcal/hora (ROVÊA et al., 2011).

    Mas afinal, o que é ginástica localizada? Para Falcão, a ginástica localizada (aeróbica) é definida como:

    […] uma exercitação corporal em um conjunto de exercícios físicos e mentais em ações que solicitem e ativem os diversos sistemas e aparelhos orgânicos, através de gestos motores, analíticos (localizados) e voluntários, devidamente orientados de modo a revelar uma marca de intencionalidade gestual, visando ao desenvolvimento de qualidades físicas, mentais e sociais do ser humano (2008, p. 5).

    A ginástica localizada auxilia no equilíbrio do peso corporal mantendo um padrão estético socialmente desejável. Todavia, o acompanhamento da quantidade de gordura no corpo e da aderência de atividade física, tem satisfatoriamente recebido atenção nas características relacionadas à promoção de saúde. Não só apenas atuando isoladamente na profilaxia das doenças cardiovasculares, mas também, por causarem alterações desejáveis em outros fatores de risco, mas principalmente nos níveis de lipídios plasmáticos e da pressão arterial (ROVÊA, et al., 2011).

As mulheres e o percentual de gordura

    No que se diz respeito ao termo Composição Corporal, pode-se definir como: a quantificação do corpo humano em osso, músculo e gordura. Sendo o último componente interligado a vários fatores, como: nutrição, nível de atividade física, estilo de vida, doenças crônicas degenerativas e desempenho atlético. A estimativa da composição corporal tem sido objeto de estudo, de autores atuais (GLANER, 2001).

    Entende-se obesidade a condição em que a pessoa apresenta uma quantidade demasiada de gordura corporal, sendo a mesma aviada em G%. Todavia, é preciso destacar que, por mais que ainda não tenham sido estabelecidos valores exatos (inatos), consideram-se obesos (limítrofes) homens com 20 a 25%, mulheres com valores de 30 a 35% e obesos propriamente ditos (homens e mulheres) com valores acima de 25% e 35%, respectivamente (SILVA, 2004).

    Há registro indicando que tanto nos países desenvolvidos quanto nos subdesenvolvidos a predominância de mulheres obesas tem crescido aceleradamente. Fato este, considerado como um problema de saúde pública no Brasil (SANTOS; FERREIRA; NAVARRO, 2007).

    Infelizmente a obesidade compromete a saúde geral da mulher provocando prejuízos, como: os relacionamentos, a diminuição da fertilidade que afetam também o curso da gestação e conduzem ao aumento da morbidade materna e consequentemente ao aumento da morbidade do feto (HALPERN; MANCINI, 2000). Portanto, a ciência da composição corporal da mulher pode ser vista como um fator diagnóstico preventivo.

    Para avaliar a composição corporal, pode-se utilizar a antropometria, que pode ser entendida como a ciência que proporciona a mensuração da estatura, peso e proporções corporais. Entretanto, a Organização Mundial de Saúde recomenda a utilização da antropometria para a vigilância dos fatores de risco das doenças crônicas. Recomenda-se a medida da cintura e do quadril para avaliar o acúmulo de gordura na região do abdômen, além do peso e altura. Na avaliação da distribuição de gordura óssea, estudos epidemiológicos, desde a década de 70, usam a relação de cintura-quadril (RCQ), obtendo a quantificação da gordura da região do abdômen, um fator determinante de doenças viscerais, já que está bastante próxima dos órgãos importantes do ser humano (ROVÊA et al., 2011).

    Há também estudos que revelam o acúmulo de gordura na região abdominal como fator de risco para doenças cardiovasculares, alguns tipos de cânceres e diabetes. Acrescenta-se que há uma forte predisposição genética para a distribuição de gordura corporal, todavia, fatores como: idade, tabagismo e nível de atividade física, também podem ser determinantes. Especificamente nas mulheres, a menopausa também tem sido associada com o demasiado acúmulo de gordura no abdômen (ROVÊA et al., 2011).

    O Índice de Massa Corporal (IMC) é outro padrão utilizado de forma frequente para estimar a obesidade em estudos populacionais. Em contrapartida, a dificuldade de interpretação pelas pessoas e a projeção nas mudanças de peso real para alterações no IMC são umas das limitações desse padrão (SILVA, 2004).

EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 172, Septiembre de 2012. https://www.efdeportes.com/efd172/gordura-em-mulheres-praticantes-de-ginastica.htm

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